{"id":1811,"date":"2017-09-03T18:41:14","date_gmt":"2017-09-03T21:41:14","guid":{"rendered":"http:\/\/www.pascal.com.br\/?p=1811"},"modified":"2020-07-07T18:53:21","modified_gmt":"2020-07-07T21:53:21","slug":"planetas-asteroides-e-meteoritos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/pascal.com.br\/planetas-asteroides-e-meteoritos\/","title":{"rendered":"Planetas, asteroides e meteoritos"},"content":{"rendered":"

OS PLANETAS<\/h3>\n

“Imagine que o mundo seja algo como uma gigantesca partida de xadrez sendo disputada pelos deuses, e que n\u00f3s fazemos parte da audi\u00eancia. N\u00e3o sabemos quais s\u00e3o as regras do jogo; podemos apenas observar seu desenrolar.\u00a0 Em princ\u00edpio, se observarmos por tempo suficiente iremos descobrir algumas das regras.\u00a0 As regras do jogo \u00e9 o que chamamos de f\u00edsica fundamental” (Feynman, Richard, e outros, Mytths of Creation, citado por M. Gleiser em “A dan\u00e7a do Universo”, Cia das Letras, SP, 1997).<\/p>\n

Isso nos leva a interpretar a F\u00edsica de distintas maneiras: ou \u00e9 um modo racional de estudar a natureza ou \u00e9 um desafio intelectual, uma linguagem de “deuses”.\u00a0Quando uma nova descoberta \u00e9 realizada, ela \u00e9 precedida de incont\u00e1veis estudos a respeito, realizado por indiv\u00edduos que jamais v\u00e3o aparecer em livros ou hist\u00f3rias.\u00a0 Muitas vezes, a extrapola\u00e7\u00e3o de resultados \u00e9 o campo de progresso da F\u00edsica.\u00a0Quando se estuda o “raiar da exist\u00eancia”, in\u00fameras vezes observamos que os autores e cientistas se utilizam muitos de express\u00f5es como “sup\u00f5e-se que”, “provavelmente” ou “acredita-se que”.\u00a0 Cabe ao leitor ser cr\u00edtico em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 essas observa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

Os astr\u00f4nomos acreditam que os planetas se formaram h\u00e1 4,5 bilh\u00f5es de anos, resultantes de choques ocorridos com pequenos corpos que existiam no Sistema Solar.\u00a0 Inicialmente esses choques ocorriam por acaso.\u00a0 Duas “pedras” que giravam em torno do Sol tentavam ocupar o mesmo espa\u00e7o ao mesmo tempo, ocasionando um choque perfeitamente Inel\u00e1stico, ficando uma presa a outra.\u00a0 Ap\u00f3s sucessivas colis\u00f5es, o bloco formado com os diversos corpos que se chocaram e ficaram “grudados” uns aos outros passaram a criar um campo gravitacional suficiente para atrair mais “pedras”, que se chocaram com esse protoplaneta (planeta em forma\u00e7\u00e3o).\u00a0 Com os choques, os blocos de rocha se aqueceram e sofreram deforma\u00e7\u00f5es.\u00a0 Com o tempo, foram se fundindo em um s\u00f3 bloco.<\/p>\n

Como na natureza os corpos tendem a encontrar a forma que lhes permita perder a menor energia ao mover-se, foram adquirindo o formato esf\u00e9rico.\u00a0Assim, a mat\u00e9ria quente e pastosa dos protoplanetas, submetida \u00e0 a\u00e7\u00e3o gravitacional do n\u00facleo em torno do qual executava um movimento de transla\u00e7\u00e3o (no nosso caso, do Sol), originou os planetas esf\u00e9ricos.\u00a0Como todos os planetas conhecidos possuem um movimento de rota\u00e7\u00e3o em torno de um de seus eixos, isso gera uma for\u00e7a centr\u00edfuga que tende a projetar partes do planeta em forma\u00e7\u00e3o “para fora”, ou seja, tende a “desmanchar” o planeta.\u00a0 Quanto mais r\u00e1pido o planeta efetua o movimento de transla\u00e7\u00e3o e quanto mais longe o ponto estiver de seu eixo (maior raio), maior essa for\u00e7a centr\u00edfuga.\u00a0 Dessa forma, os pontos no equador do planeta s\u00e3o submetidos \u00e0 maior for\u00e7a centr\u00edfuga do que os pontos nos polos, levando os planetas a serem achatados nos polos, tendo a forma que conhecemos.<\/p>\n

ASTEROIDES E METEORITOS<\/h3>\n

De tempos em tempos a m\u00eddia divulga alertas catastr\u00f3ficos, envolvendo profecias e similares, sobre o final dos tempos.\u00a0A maior parte das religi\u00f5es faz alus\u00f5es de que chegar\u00e1 o dia em que o mundo, como o conhecemos, sofrer\u00e1 uma transforma\u00e7\u00e3o t\u00e3o profunda que podemos dizer que \u201cnosso mundo acabar\u00e1”.\u00a0 Isso poder\u00e1 ser uma cat\u00e1strofe natural ou manifesta\u00e7\u00e3o da capacidade destrutiva dos humanos.\u00a0E essas “bestas do apocalipse” tem sempre algo com o que se preocupar e preocupar aos demais!<\/p>\n

Todos os anos, ao menos 150 corpos celestes de dimens\u00f5es reduzidas, por\u00e9m significativas, chegam a atingir a superf\u00edcie terrestre.\u00a0 Sem contar com o consider\u00e1vel n\u00famero que se torna incandescente e “queima” antes de atingir a superf\u00edcie, as famosas e belas estrelas cadentes, que se pode contar aos milhares.\u00a0De tempos em tempos, corpos celestes maiores, um asteroide, atingem a Terra. E, eventualmente, em tempos que podem ser medidos em eras, corpos de grande tamanho j\u00e1 atingiram nossa superf\u00edcie, provocando fen\u00f4menos em escala global, como o degelo e a extin\u00e7\u00e3o dos dinossauros.<\/p>\n

Mas, o que \u00e9 um asteroide?\u00a0 E um meteorito?<\/strong><\/h3>\n

Os asteroides<\/strong>, tamb\u00e9m conhecidos como planetoides ou pequenos planetas, s\u00e3o corpos celestes de dimens\u00f5es n\u00e3o muito grandes, que possuem \u00f3rbitas bastante definidas.\u00a0 O problema \u00e9 que essas \u00f3rbitas podem, de tempos em tempos, fazer coincidir suas posi\u00e7\u00f5es com a posi\u00e7\u00e3o de outros corpos celestes maiores, os planetas, gerando choques que podem produzir efeitos terr\u00edveis para todos os envolvidos.\u00a0Na antiguidade era imposs\u00edvel saber da exist\u00eancia dos asteroides, at\u00e9 porque eles n\u00e3o s\u00e3o vistos a olho nu.\u00a0 Por\u00e9m, existem muitos relatos de cientistas que achavam estranho a grande dist\u00e2ncia existente em os planetas Marte e J\u00fapiter.\u00a0 Essa enorme por\u00e7\u00e3o do espa\u00e7o estava aparentemente vazia, o que n\u00e3o fazia sentido.<\/p>\n

No final do s\u00e9culo XVIII, os cientistas come\u00e7aram a vasculhar o espa\u00e7o atr\u00e1s de outros planetas.\u00a0 Em 1 de janeiro de 1801, portanto no primeiro dia do s\u00e9culo XIX, o italiano Piazzi, diretor do observat\u00f3rio de Palermo, na Sic\u00edlia, It\u00e1lia, avistou pela primeira vez um asteroide, ao qual deu-se o nome de Ceres, a “deusa da agricultura”, divindade mitol\u00f3gica protetora da Sic\u00edlia.\u00a0 Logo em seguida muitos outros asteroides foram descobertos, sendo que Ceres<\/em> \u00e9 o maior de todos, com 959 quil\u00f4metros de di\u00e2metro equatorial e 907 de di\u00e2metro polar.\u00a0O menor asteroide j\u00e1 catalogado \u00e9 o KA2<\/sub>, com cerca de 5 m de di\u00e2metro.\u00a0Presume-se a exist\u00eancia de 45.000 asteroides, mas apenas 6.100 foram determinados com precis\u00e3o.\u00a0A maior parte dos asteroides est\u00e1 localizada em uma regi\u00e3o entre Marte e J\u00fapiter, com 550 milh\u00f5es de quil\u00f4metros de largura.<\/p>\n

Os meteoritos <\/strong>s\u00e3o corpos celestes, provavelmente resultantes da deteriora\u00e7\u00e3o de asteroides e cometas, que penetram na atmosfera da Terra vindos do espa\u00e7o exterior.\u00a0A maior parte deles \u00e9 muito pequena, do tamanho de gr\u00e3os de poeira, por\u00e9m alguns chegam a ter quil\u00f4metros de extens\u00e3o.\u00a0 Quando penetram na atmosfera tornam-se incandescentes, produzindo as chamadas estrelas cadentes.\u00a0 Alguns conseguem atingir a superf\u00edcie da Terra antes de se desintegrarem totalmente pela combust\u00e3o.\u00a0Esses corpos celestes s\u00e3o classificados como aer\u00f3litos<\/em> (rochosos) ou sideritos<\/em> (met\u00e1licos).<\/p>\n

O maior meteorito conhecido \u00e9 o que atingiu a Nam\u00edbia (\u00c1frica) em 1920, com 2,7 metros de comprimento e 2,4 metros de largura.\u00a0 Sua massa \u00e9 estimada em 59.000 quilogramas.\u00a0O maior existente em museu \u00e9 o chamado “Cabo York”, que caiu em 1897 na costa oeste da Groenl\u00e2ndia.\u00a0 Possui 33.883 quilogramas e encontra-se em um planet\u00e1rio em Nova Iorque.\u00a0No Brasil, o maior meteorito\u00a0 registrado \u00e9 a “Pedra de Bendeng\u00f3”, que possui 5.400 quilogramas e caiu no sert\u00e3o da Bahia, em 1784.<\/p>\n

Segundo c\u00e1lculos estat\u00edsticos, de 70 a 3.000 meteoritos atingem a Terra anualmente.<\/p>\n

Fontes:<\/strong><\/p>\n