{"id":398,"date":"2010-07-13T20:21:08","date_gmt":"2010-07-13T23:21:08","guid":{"rendered":"http:\/\/www.pascal.com.br\/?p=398"},"modified":"2020-07-07T19:54:47","modified_gmt":"2020-07-07T22:54:47","slug":"efeitos-fisiologicos-da-pressao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/pascal.com.br\/efeitos-fisiologicos-da-pressao\/","title":{"rendered":"Efeitos Fisiol\u00f3gicos da Press\u00e3o"},"content":{"rendered":"
Claro que sabe! Voc\u00ea j\u00e1 viu um <\/span>formando em medicina ou um <\/span>rec\u00e9m-formado dando plant\u00e3o em um hospital? Al\u00e9m da “cara de sono” e dos “cinco livros debaixo do bra\u00e7o”, eles levam “at\u00e9 pra ir ao banheiro” o estetosc\u00f3pio e “aquele aparelhinho ” de medir a press\u00e3o, que \u00e9 o esfigmoman\u00f4metro.<\/span><\/p>\n O bracelete do esfigmoman\u00f4metro \u00e9 enrolado no antebra\u00e7o do paciente, na altura do cora\u00e7\u00e3o. A seguir, a press\u00e3o do bracelete \u00e9 aumentada at\u00e9 que seja fechada uma das principais art\u00e9rias do bra\u00e7o.\u00a0 Ap\u00f3s, a press\u00e3o na art\u00e9ria vai sendo diminu\u00edda gradativamente e, com o estetosc\u00f3pio, \u00e9 poss\u00edvel ouvir o ru\u00eddo causado pelo sangue em seu movimento atrav\u00e9s da art\u00e9ria. Quando a press\u00e3o exercida sobre a art\u00e9ria \u00e9 pr\u00f3xima da press\u00e3o m\u00e1xima<\/strong> exercida pelo cora\u00e7\u00e3o, a art\u00e9ria se abre parcialmente, possibilitando o fluxo turbulento de sangue, que possui um som caracter\u00edstico.\u00a0 Quando a press\u00e3o sobre a art\u00e9ria diminui, atinge-se um valor m\u00ednimo<\/strong> em que o fluxo sangu\u00edneo \u00e9 mais uniforme, emitindo outro som.\u00a0 Essa \u00e9 uma maneira de saber os valores das press\u00f5es sangu\u00edneas m\u00e1xima e m\u00ednima do paciente.<\/p>\n Em um indiv\u00edduo adulto sadio, os valores de press\u00e3o m\u00e1xima e m\u00ednima est\u00e3o, aproximadamente, entre 12 e 8 cmHg. Lembre-se de que ao n\u00edvel do mar a press\u00e3o atmosf\u00e9rica (press\u00e3o chamada normal) \u00e9 de 1 atmosfera, que equivale a 76 cmHg. Assim podemos afirmar que o cora\u00e7\u00e3o \u00e9 uma bomba muscular que em um homem adulto, sadio e em situa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o esfor\u00e7o, exerce sobre a massa sangu\u00ednea\u00a0 uma press\u00e3o de aproximadamente 12 cmHg durante a contra\u00e7\u00e3o (s\u00edstole), e de aproximadamente 8 cmHg durante a relaxa\u00e7\u00e3o (di\u00e1stole).\u00a0Com a contra\u00e7\u00e3o do m\u00fasculo card\u00edaco, o sangue sai do ventr\u00edculo esquerdo, passa pela aorta e pelas art\u00e9rias e vai aos capilares. Dos capilares venosos o sangue segue at\u00e9 as veias e chega ao \u00e1trio direito com uma press\u00e3o bastante pequena.\u00a0 Em m\u00e9dia, a diferen\u00e7a m\u00e1xima entre as\u00a0 press\u00f5es arterial e venosa \u00e9 da ordem de 10 cmHg.\u00a0Como a densidade sangu\u00ednea \u00e9 pr\u00f3xima \u00e0 da \u00e1gua (d = 1,04 g\/cm3<\/sup>), a diferen\u00e7a de press\u00e3o hidrost\u00e1tica entre os p\u00e9s e a cabe\u00e7a de uma pessoa de um metro e setenta cent\u00edmetros de altura equivale, aproximadamente, \u00e0 de uma coluna de \u00e1gua de 1,70 metros de altura.<\/p>\n Lembre-se de que, na \u00e1gua \u2013 considerando a acelera\u00e7\u00e3o da gravidade 10 m\/s2<\/sup> \u2013 a cada varia\u00e7\u00e3o de altura de 10 m implica uma varia\u00e7\u00e3o de press\u00e3o de 1 atmosfera, ou seja, 76 cm de Hg.\u00a0Quando uma pessoa est\u00e1 deitada, sua press\u00e3o arterial \u00e9 praticamente a mesma em todos os pontos, em torno\u00a0 de 10 cmHg; quando est\u00e1 sentada ou em p\u00e9, a press\u00e3o arterial diminui com a altura, ou seja, a press\u00e3o sangu\u00ednea na cabe\u00e7a \u00e9 menor do que nos p\u00e9s.\u00a0Essa press\u00e3o pode ser calculada pela express\u00e3o:<\/p>\n press\u00e3o <\/strong>(CABE\u00c7A)<\/sub> = press\u00e3o <\/strong>(CORA\u00c7\u00c3O)<\/sub><\/strong> –\u00a0d<\/strong> . g . h<\/strong><\/p>\n Onde:<\/p>\n Assim, se um indiv\u00edduo est\u00e1 deitado (h = 0) e se levanta rapidamente, a press\u00e3o arterial da cabe\u00e7a diminuir\u00e1 em\u00a0 d<\/strong> SANGUE<\/sub> . g . h<\/strong>, o que implicar\u00e1 na diminui\u00e7\u00e3o do fluxo sangu\u00edneo no c\u00e9rebro.\u00a0 Como o fluxo deve ser cont\u00ednuo (o ajuste do fluxo pela expans\u00e3o das art\u00e9rias n\u00e3o \u00e9 instant\u00e2neo), o indiv\u00edduo poder\u00e1 sentir-se tonto ou at\u00e9 mesmo desmaiar.\u00a0Em alguns animais esse efeito fisiol\u00f3gico da varia\u00e7\u00e3o da press\u00e3o na cabe\u00e7a com a varia\u00e7\u00e3o da altura \u00e9 bastante significativo.\u00a0 Imagine uma girafa, cuja altura varia entre 4,0 e 5,5 metros!<\/p>\n Outro fato corriqueiro que nos faz sentir a varia\u00e7\u00e3o de press\u00e3o ocasionando algum efeito fisiol\u00f3gico \u00e9 quando subimos ou descemos uma serra ou quando mergulhamos na \u00e1gua.\u00a0Todos n\u00f3s, ao subirmos ou descermos uma serra, como a da BR 282, sentimos aquela “coceirinha” no ouvido, lembram-se?\u00a0Ao subir uma montanha maior, um indiv\u00edduo pode sentir efeitos fisiol\u00f3gicos tais como dificuldade de respirar, taquicardia (com batimento card\u00edaco superior a 100 por minuto), mal-estar generalizado, n\u00e1useas e dor de cabe\u00e7a.\u00a0 Esses efeitos se acentuam, por exemplo, quando algu\u00e9m, habituado a viver ao n\u00edvel do mar, desloca-se para localidades com altitude superior a 3.000 metros.\u00a0 Isso ocorre porque a press\u00e3o atmosf\u00e9rica diminui com a altura, tendo de haver uma adapta\u00e7\u00e3o do organismo para a nova press\u00e3o externa.\u00a0 At\u00e9 que se habitue, esses efeitos aparecem, como tamb\u00e9m v\u00e3o existir quando da volta ao ambiente de press\u00e3o normal.\u00a0A 5.000 metros de altura, a press\u00e3o ambiente \u00e9 quase a metade da press\u00e3o ao n\u00edvel do mar.\u00a0 Nesse caso ocorre o fen\u00f4meno chamado hipoxia, ou seja, um baixo fornecimento de oxig\u00eanio.\u00a0Acima de 6.000 metros pode ocorrer a hipoxia cr\u00edtica<\/em>, cuja consequ\u00eancia \u00e9 a perda r\u00e1pida do controle neuromuscular e da consci\u00eancia, seguida de parada respirat\u00f3ria que pode levar o indiv\u00edduo \u00e0 morte.<\/p>\n Esta cr\u00f4nica foi publicada em: RAMOS, Edson Osni. Cr\u00f4nicas de F\u00edsica: <\/strong>A f\u00edsica do cotidiano. Florian\u00f3polis: Pascal, 2000. 1 v.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Voc\u00ea sabe o que \u00e9 um\u00a0 esfigmoman\u00f4metro? Claro que sabe! Voc\u00ea j\u00e1 viu um formando em medicina ou um rec\u00e9m-formado dando plant\u00e3o em um hospital? Al\u00e9m da “cara de sono” e dos “cinco livros debaixo do bra\u00e7o”, eles levam “at\u00e9 pra ir ao banheiro” o estetosc\u00f3pio e “aquele aparelhinho ” de medir a press\u00e3o, que … Varia\u00e7\u00e3o da press\u00e3o conforme a altura<\/h3>\n
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Continue lendo… Efeitos Fisiol\u00f3gicos da Press\u00e3o<\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":1833,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[34],"tags":[],"yoast_head":"\n